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Cordyline fruticosa (L.) A.Chev., Cat. Pl. Jard.
Bot. Saigon: 66 (1919).
A
versatilidade e razoável variedade de espécies de Cordyline são uma
verdadeira tentação para a sua introdução nos jardins do nosso país. A
delicadeza de algumas espécies, muito sensíveis ao frio do Inverno que se
verifica mesmo nas áreas mais suaves do território português continental,
requer muita prática e conhecimento de horticultura. Não serão estas exigências,
certamente, que farão desistir de cultivar este belíssimo género, o qual pela
sua exuberância e colorido exótico da sua folhagem empresta a qualquer jardim
um aspecto profundamente tropical.
Outro
factor importante para se conseguir tirar o maior partido sobretudo das
espécies de menor porte, é o seu agrupamento. O efeito alcançado num canteiro
cultivado com diversos pés de Cordyline, apesar de dispendioso,
revela-se muito interessante ao fazer contrastar a coloração da folhagem desse
arranjo com o local escolhido, seja edificado, seja o verde de outras plantas
circundantes. Por outro lado, o vastíssimo número de cultivares oferecidos no
mercado dificulta a escolha acertada quando o objectivo é o de cultivar
exemplares no exterior. A grande maioria desses cultivares são muito pouco
tolerantes ao frio e uma aquisição errada pode, indiscutivelmente desmotivar
pelos resultados desastrosos que irá ter quando o Inverno chegar.
No
que respeita às espécies de maior porte, todas suportam as condições climáticas
do Inverno português, sem quaisquer problemas, permitindo, à excepção da Cordyline
fruticosa variedade verde,
alargar-se a todo o território litoral nacional.
São
cerca de 15 as espécies pertencentes ao género Cordyline, que nos chegam
do sudeste asiático e Oceânia, (Reader’s Digest Encyclopedia of Garden Plants
and Flowers, Roy Hay, Kenneth A. Beckett, The Reader’s Digest Association
Limited, Londres, 1973, pp. 173) sendo uma espécie apenas indígena das regiões
tropicais do continente americano (TURNER, Jr., Botanica, The Most Complete
Garden Encyclopedia Ever Published, Gordon Cheers, Barnes & Noble
Books, 1997, pp. 249). (parece que a opinião mais unânime entre os botânicos é
que cerca de 8 são oriundas da Austrália e 5 da Nova Zelândia www.nzplantpics.com enquanto as
restantes têm origem no sudeste asiático e ilhas do Pacífico. Somente uma é
sul-americana). Muito provavelmente outras espécies surgirão no futuro próximo,
ainda em fase de investigação e descoberta. A produção por cruzamento dará
origem a novos cultivares, tão apreciados no mercado.
O
nome científico provém do grego kordyle, que significa conjunto em
alusão ao grande número e emaranhado de raízes que muitas espécies desenvolvem.
Esta nomenclatura é atribuída a Robert Brown, que em 1810 decidiu designar este
género com este táxon. Mais tarde, a comunidade científica, aceitou a
designação no congresso internacional de botânica realizado na cidade austríaca
de Viena, em 1905, por oposição ao nome Taetsia, através do qual o
género era conhecido por imposição norte americana, código que perdurou até
cerca de 1930. (Association of Societies for
Growing Australian Plants, Australian Plants online - June 2002).
sinónimos homotípicos
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sinónimos heterotípicos
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Na
obra de CAIXINHAS, Maria Lizete, A Flora da Estufa Fria de Lisboa, Verbo,
1994, pp. 91, aparece o nome do classificador sem o ‘A’, apenas (L.) Chev.) sin.
Cordyline terminalis (L.) Kunth (WARREN,
William;Tropical Plants for home and garden, Thames and Hudson, Londres,
1997, pp. 110 e Flora, The Gardener’s Bible, Tony Lord, Cassell, 2003,
pp. 412 e Botanica, R. G. Turner Jr., Barnes & Noble Books, pp. 250). Este
último sinónimo causa inúmeros conflitos de classificação, visto estar esta espécie
grafada em alguns manuais relativamente recentes como sendo C. terminalis (L.)
Kunth. sin. fruticosa (é o caso
dos manuais; e Lee Riffle, Robert; The Tropical Look, Timber Press, Portland,
Usa, 1999., pp. 128. No caso dos seguintes manuais é somente considerado o
táxon C. terminalis, como estando em vigor; Lorenzi, Harri ;
Moreira de Souza Hermes, Plantas Ornamentais no Brasil,
arbustivas, herbáceas e trepadeiras, Instituto Plantarum de
Estudos da Flora Ltd, 3ª edição, São Paulo, 2000, pp. 658 e Reader’s Digest
Encyclopedia of Garden Plants and Flowers, Roy Hay, Kenneth A. Beckett, The
Reader’s Digest Association Limited, Londres, 1973, pp. 173). No mercado
aparece muito frequentemente segundo esta última designação, considerada
incorrecta.
Devo
salientar que esta espécie suscita muitas quezílias entre os estudiosos com
consequências desagradáveis para aqueles que desejam conhecer melhor a natureza
desta planta. Por um lado, os viveiristas e produtores de largos cultivares,
atribuem-lhes nomes não consensuais, facto que desorienta o leitor, se bem que
não são nunca consideradas as suas designações como credíveis pela comunidade
científica. A verdade é que o consumidor, pouco conhecimento tem deste pormenor
e é induzido em erro. Por outro, os manuais escritos por botânicos, tantas
vezes não são coincidentes na taxonomia atribuída à C. fruticosa, como
pudemos verificar na sinonímia anteriormente referida. Por outro ainda, dá-se o
caso de as imagens que acompanham as espécies não estarem claramente definidas
nos diversos manuais, levantando sérias dúvidas quanto ao seu reconhecimento. [1]
Como
conclusão, está oficialmente aceite pelo código internacional de nomenclatura
botânica, a designação de Cordyline fruticosa, como a correcta e actual,
ultrapassando a anterior taxinomia, ou seja, Cordyline terminalis, ainda
muito utilizada na atribuição de nomes dos cultivares.
Do
ponto de vista etimológico, Terminalis, refere-se às panículas terminais de flores que surgem das rosetas
densas. O
sinónimo fruticosa, significa arbustivo. (WARREN, William; Tropical
Plants for home and garden, Thames and Hudson, Londres, 1997, pp. 110).
A
espécie que deu origem à actual C. fruticosa não está definida, uma vez
que se encontra extinta na natureza, para além do facto de sofrerem um processo
de hibridização relativamente fácil, afastando-se cada vez mais da estirpe
inicial (www.Denverplants.com). Daí
a dificuldade em se distinguir a forma verde da colorida, sem recorrer aos
nomes atribuídos aos cultivares. [2]
1. É o caso das publicações brasileiras Lorenzi, Harri ; Moreira de Souza Hermes, Plantas Ornamentais no Brasil, arbustivas, herbáceas e trepadeiras, Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltd, 3ª edição, São Paulo, 2000, pp. 658 e Harri Lorenzi; Luiz de Mello Filho, As Plantas Tropicais de R. Burle Marx, Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltd, São Paulo, 2001, pp. 289 cujas fotos contrastam nitidamente com aquelas apresentadas nos demais manuais.
2. Na obra de CAIXINHAS, Maria
Lizete, A Flora da Estufa Fria de Lisboa, Verbo, 1994, pp. 91 as duas
formas, verde e rosa são classificadas por igual enquanto na obra WARREN,
William; Tropical Plants for home and garden, Thames and Hudson,
Londres, 1997, 110, afirma-se que existem duas formas distintas, uma verde e
outra colorida, introduzidas em fases intervaladas no Havaí pelos colonos
polinésios.
Como
consequência pouco se sabe acerca da origem desta espécie, manuseada por muitos
e longos anos pelo homem, ocorrendo na natureza com muitas mutações e em raras
colónias, circunscrita à Austrália e Papua Nova Guiné (www.Denverplants.com). A quase
totalidade dos exemplares vistos na paisagem são resultantes de introduções,
frequentemente cultivares produzidos por intervenção humana. Estes pequenos
arbustos são utilizados nos países tropicais da Ásia para demarcar terrenos
para exploração agrícola, pelo que se espalhou na paisagem das florestas
húmidas, tomando-se como uma espécie nativa (www.mobot.org/MOBOT/research/treat/asteliaceae.shtml).
Proveniente
das regiões tropicais do sudeste asiático, Norte da Austrália e Polinésia,
(Lord, Tony; Flora, The Gardener’s Bible, Cassell, Londres, 2003,
pp. 412) e segundo informação obtida de Kew
Royal Botanical Garden, as ilhas do Pacífico por onde se estende são a ilha
de Bismark, Solomon, Fiji e Vanuatu.
Provavelmente
origem precisa nas áreas adjacentes à Papua Nova Guiné, a partir de onde os
melanésios e os polinésios a difundiram através do Pacífico, uma vez que dos
seus rizomas serviram de recurso alimentar (TURNER Jr., R. G.; Botanica, The
Most Complete Garden Encyclopedia Ever Published, (1ª edição 1997), Barnes
& Noble Books, 3ª edição, 1999, pp. 250). Chegou à Europa em 1770 pela
primeira vez aos jardins de Kew em
Londres.
Tem
vindo a aclimatar-se às condições do Inverno das regiões litorais da zona de
Lisboa e na linha da costa algarvia com algum sucesso, particularmente os
cultivares, enquanto a forma verde, mais tolerante, sobrevive a maiores
rigores, encontrando-se na situação de muito rara no nosso país. Ao Havaí
chegou trazido pelos colonos polinésios, em primeiro lugar a forma verde
(WARREN, William; Tropical Plants for home and garden, Thames and
Hudson, Londres, 1997, pp. 110), onde se tornou popular a ponto de figurar como
um dos símbolos daquele estado norte-americano. Naquelas ilhas é apelidada de
planta da sorte do Havaí ou simplesmente “Ti plant” (Lee Riffle, Robert; The
Tropical Look, Timber Press, Portland,Usa, 1999., pp. 128), nome pelo qual a
espécie é no dialecto local, conhecida.
A
espécie é vista como uma fonte de boa fortuna, razão porque é cultivada perto
ou em torno das habitações com um fito protector. Os indígenas polinésios
recorrem às suas folhas para manufacturar as saiam tradicionais.
A
popularidade desta planta nas regiões de clima tropical, advém da rapidez e
facilidade de enraizamento, basta colocar horizontalmente um pedaço de um ramo
sobre o solo húmido, que prontamente ganhará rebentos. Este processo tão
gratificante apenas é possível entre nós em estufa aquecida.
No
seu ambiente natural, com condições de temperatura favoráveis alcança uma
altura de entre 1 m a 3 m. Muito raramente esta situação ocorre com plantas
cultivadas em Portugal, pois trata-se de uma espécie algo mais delicada que
rapidamente sofre com dias mais intensos de frio. No exemplo que se segue,
mostro um exemplar fotografado no Funchal, em 2007, onde naturalmente as
temperaturas subtropicais beneficiam o crescimento desta espécie até às
dimensões normais, com bastante rapidez.
Foto
do autor de 2006, Funchal.
Em
cima e em baixo, foto do autor registada em Caxias, 2007
Este
caso raro de desenvolvimento confirma a possibilidade de um exemplar de Cordyline fruticosa, crescer até atingir
uma dimensão considerada comum nas regiões tropicais do globo. Repare na altura
do indivíduo, capaz de surpreender e fascinar pela sua notável medida.
Em
baixo, duas fotos do autor de 2011, registadas na baixa de Algés, onde
encontrei, talvez o mais extraordinário exemplar de Cordyline fruticosa, cultivado no exterior. Este raro cenário
permite-nos viajar no tempo e regressar ao início do século passado, pelo
conjunto arquitectónico completado com espécies tropicais que lembram as villas da pequena burguesia paulistana,
quando a cidade de São Paulo, no Brasil, prosperava com o desenvolvimento das
plantações de café e da indústria.
Nenhum
dos jardins botânicos nacionais em território continental ostenta tão belos e
grandes exemplos de Cordyline fruticosa.
Por vezes sem conta, são os pequenos e privados jardins pelo país fora que
guardam valiosíssimos indivíduos com exuberância e dignidade suficiente para
constar numa colecção nacional botânica.
Tive
oportunidade de contemplar belos exemplares cultivados no exterior na cidade norte-americana
de Phoenix, no estado do Arizona, onde a espécie é resistente a 0º c. Todavia,
naquela região os Invernos são curtos, não obstante a queda da temperatura
nocturna, mas essencialmente secos, o que em muito beneficia a sobrevivência da
espécie. O risco de apodrecimento das suas raízes é diminuto, para além de
reunir as condições ideais para um repouso vegetativo, não encontradas no
Inverno português. Regressando a condições ecológicas mais semelhantes ao caso
português, será uma exposição a Sul abrigada de correntes de ar e
simultaneamente exposta a sol directo, o local mais indicado para um
desenvolvimento satisfatório. Excelentes exemplares com portes dignos das
regiões indígenas, encontram-se no umbráculo [3] da
Estufa Fria, em Lisboa, com cerca de 4 m de altura. Naquele local estão
completamente protegidos das condições mais adversas do Inverno, como a intensa
Nortada e as temíveis geadas, ainda que raríssimas na capital portuguesa. O
efeito de qualquer geada fará rapidamente tombar a maioria das suas folhas,
antes mesmo de as queimar. Sem aparentar, as folhas estarão tão débeis que numa
primeira fase apenas pelo toque cairão gradualmente. Mais tarde acabarão por
secar. Duas a três semanas após o sucedido, a planta pode ficar reduzida apenas
às folhas centrais ou inclusivamente desaparecerem por completo.
Foto
de 2007 do autor de um exemplar de C
fruticosa cultivado na Estufa Fria de Lisboa, onde encontra condições
ideais para reagir às baixas temperaturas do Inverno de Lisboa.
Nesta
situação será muito difícil retomar o ponto central de crescimento, o qual
morre por queimadura. Resta esperar que a Primavera estimule rebentos laterais
no tronco e o indivíduo se salve. O crescimento neste período é particularmente
lento, facto que leva, ocasionalmente, a planta a não resistir a um segundo
Inverno, dada a sua situação previamente fragilizada. Até mesmo exemplares com
um bom porte e bem estabelecidos podem repentinamente sofrer lesões
irreversíveis que poderão eliminar por completo a planta em duas ou três
semanas.
Este
comportamento abrange a totalidade dos cultivares, incluindo os de coloração
não rosa, branca e mista, pelo que no caso de ter êxito na aclimatação de um
exemplar, o leitor tem razões para orgulhar-se profundamente do seu exemplar.
Um
registo do autor, de um exemplar do meu próprio viveiro onde se pode comentar
os efeitos anteriormente referidos. As folhas mais velhas fortemente atingidas
pelo efeito do frio, rasgadas e ressequidas devem ser mantidas para proteger a
gema terminal. Refiro que a foto é de Outubro e ainda se nota naquele indivíduo
as consequências do Inverno do ano anterior. A folhagem mais jovem desenvolve
com maior lentidão se a planta se encontrar num local pouco luminoso e exposto
a correntes de vento. Para contrariar estas condições ecológicas deverá
procurar um local junto a uma parede, a qual concentrará por mais tempo o calor
essencial para atravessar o Inverno com o menor efeito possível.
Neste
caso, veja-se o contraste na recuperação das folhas de ambos cultivares de Cordyline fruticosa. À esquerda uma C. fruticosa cv. ‘Alba’ e à direita uma C. fruticosa cv. ‘Kiwi’. O comportamento
varia bastante entre os diversos cultivares que reagem quase individualmente
aos efeitos das baixas temperaturas. Em comum têm a lentidão que necessitam
para recuperar e desenvolver novas folhas, situação que se verifica com
frequência no final do Verão. Foto do autor de 2009.
3. Do espanhol umbráculo,
que se refere à estrutura cuja cobertura ripada filtra a entrada da luz solar
criando uma suave sombra, permitindo o desenvolvimento de plantas umbrícolas e
esciófilas, cujas folhas de grandes dimensões e muito verdes são capazes de
assimilar a energia proveniente de uma luz muito difusa. A mesma estrutura
encontra-se no Jardim Botânico da Universidade de Valência, designada por umbráculo.
Multiplica-se
por sementes, em estufa ou em cama quente, as quais germinarão ao final de 8
semanas ou por estaca no período quente do ano. Esta última técnica tem maior
sucesso com a maioria dos cultivares. Deve procurar-se um caule lenhoso de
preferência com desenvolvimento inicial de raízes aéreas, factor que muito
contribuirá para o êxito da operação. É indicado utilizar-se pequenas estacas
de 10 cm de comprimento, num composto à base de turfa e areia, o qual tem de
ser mantido aquecido a uma temperatura de entre 25 a 30º c., num ambiente
húmido e sem sol directo, em permanência. Após um mês, dá-se o enraizamento (www.infoagro.com/flores/plantas_ornamentales/cordiline).
O final da Primavera e sobretudo o Verão são as estações indicadas, sem nunca
deixar o composto secar. Este deverá ter um PH entre 6,5 e 7, favorável a esta
espécie delicada, rico em cálcio e sem flúor (www.infoagro.com/flores/plantas_ornamentales/cordiline).
A capacidade de enraizamento desta espécie é bastante elevada se estiverem
estas condições reunidas. Caso contrário, rapidamente as estacas morrerão. Os
exemplares de forma verde têm, entre nós, maiores probabilidades de sucesso
neste processo que os coloridos e a técnica mais simples da estacaria, em pleno
Verão, quase certamente garantirá o enraizamento em pouco tempo, desde que a
temperatura mínima nocturna seja elevada e o composto se mantenha sempre
húmido.
Considero
um indivíduo bem estabelecido quando consegue desenvolver o rizoma, sem o qual
não estará assegurada a sua sobrevivência. Estas fortes e grossas raízes exigem
recipientes de boa dimensão para se desenvolverem. Na verdade estamos perante
um género que produz um sistema radicular muito longo e abundante e não devemos
condicionar este comportamento em circunstância alguma. As estacas deverão
estar bem seguras e a uma profundidade de cerca de 20 a 30 cm, para melhor e
mais rapidamente se estabelecerem no menor espaço de tempo possível, a fim
atingir um porte capaz de superar o frio do Inverno que se avizinhará. Serão
nos rizomas bem desenvolvidos que os indivíduos confiarão, para ultrapassar os
rigores das baixas temperaturas, para além de diminuir os riscos de
apodrecimento. Uma planta cujo rizoma se encontre bem estabelecido não requer
regas abundantes, pois recorre do armazenamento de que dispõe para passar todo
o período de dormência invernoso e inclusivamente florir durante a estação
fria. Pelo contrário, uma estaca cujas raízes não tenham ainda desenvolvido um
rizoma estará mais vulnerável à podridão pela chuva intensa associada às baixas
temperaturas. Estas condições impedem o crescimento de novas raízes ameaçando o
futuro da estaca. Assim sendo, saber conjugar o calendário de multiplicação com
a preparação da planta para o Inverno, torna-se imperioso. As estacas também
respondem bem ao enraizamento dentro de água, por vezes com maior velocidade no
desenvolvimento do sistema radicular. No entanto, a passagem para o composto nem
sempre se revela eficaz.
Quer
para a propagação quer para um melhor desenvolvimento da planta aconselha-se
fertilizá-la com regularidade com um equilíbrio de Azoto, Fósforo e Potássio (NPK)
3-1-2. Enquanto jovem, os exemplares devem receber nitrogénio a fim de melhorar
a sua coloração, (www.infoagro.com/flores/plantas_ornamentales/cordiline).
Em
Portugal, floresce a partir do fim do Inverno. Produz uma haste por vezes
pendente, com flores roxas ou brancas pouco atraentes e discretas, que poderão
produzir algumas bagas vermelhas. Como orientação, as espécies de Cordyline,
que produzem bagas vermelhas são, na verdade, mais sensíveis ao Inverno do
nosso país, enquanto todas aquelas que apresentam frutos de cor negra, de um
modo geral, são cultiváveis em Portugal. Todas as variedades e cultivares de C. fruticosa produzem bagas de cor
vermelha.
Foto
de 2007 registada pelo autor no Jardim Botânico de Caracas, Venezuela.
A floração e frutificação da variedade de folhas
verdes é muito rara no nosso país e a ocorrer poderá ser durante a estação
quente, como no final do Outono ou até em pleno Inverno. Os frutos são pequenas
bagas vermelhas dispostas em ramas ou cachos. (Foto não do autor)
O
grande interesse nesta espécie está nos inúmeros cultivares que em torno do
mundo foram surgindo ano após ano, enriquecendo o mercado de múltiplas escolhas
na coloração da folhagem. Antes mesmo de avançar na vastidão dos cultivares, há
que sublinhar um factor importante a considerar, no que respeita ao cultivo
desta planta. A quase totalidade dos cultivares são delicados e exigentes
quanto às condições climatéricas. Neste grupo não se inclui a própria espécie
descrita, completamente verde e a vinácea, pelo que será dada toda a informação
em conjunto, numa segunda parte deste texto.
(WARREN, William; Tropical Plants for home and
garden, Thames and Hudson, Londres, 1997, pp. 110).
Todos
os cultivares, sem excepção, englobam-se na lista de espécies e formas bastante
sensíveis ao rigor do Inverno nacional. Não existem regras concretas para
determinar o sucesso no processo de aclimatação de indivíduos, já que
exemplares pertencentes à mesma forma, podem demostrar comportamentos tão
díspares como comuns entre si. Certo é que pelas experiências que venho a
realizar desde há muito, determinados cultivares apresentam maior capacidade em
sobreviver sob condições severas. Na mesma ordem de conclusões, os cultivares
de coloração mais clara, e que contenham branco ou creme na folhagem resultam
ser os mais sensíveis. As variedades de folhas escuras, conseguem recuperar com
mais rapidez dos estragos do frio e do vento, pelo que consequentemente,
aumentam as hipóteses de sobreviver até à Primavera. O grande risco centra-se
precisamente em conseguir que a planta mantenha a sua folhagem desde o final do
Outono, pois as folhas mais velhas protegem o ponto central de crescimento,
isto é, o terminal de cada ramo, para que passe todo o Inverno nessas boas
condições. Se for cultivada em recipientes poderá ser removido para um local
abrigado, como uma parede virada a su-sudoeste, ou melhor ainda, sob a
protecção de um alpendre. Este espaço físico é o mais indicado para acautelar
eventuais efeitos de geadas, fatais para qualquer C. fruticosa. Com toda
a certeza, nesse lugar recolhido passará um Inverno em segurança.
Observo
regularmente exemplares desta espécie capazes de sobreviver a temperaturas
baixas como 3 a 4º c., desde que não se encontrem a céu aberto. Indivíduos bem
estabelecidos e adultos, por vezes adquirem resistência suficiente para
suportar as condições invernosas, uma vez mais, desde que sem o risco de geadas
e expostos às perigosas rajadas de vento.
É o
caso de dois exemplares que conheço na cidade de Lisboa, com um belíssimo porte
de 1,5 a 2 m de altura, à mercê de algum vento moderado mas livres de formação
de geada, inexistente nos grandes centros urbanos. O alto índice de humidade
associado ao frio pode também ser fatal a todos os cultivares coloridos, pelo
que é preferível moderar ou até mesmo rarear as regas, dentro do possível.
Assim que a temperatura começa a elevar-se deve a humidade do solo acompanhar
esse aumento, tornando-se factor essencial para o bom desenvolvimento da planta
durante o Verão. Será nesta estação que a planta irá preparar-se para a estação
fria, uma vez que quanto maior o seu porte, maior capacidade terá para
recuperar de eventuais senão inevitáveis danos causados no Inverno.
Infelizmente
é comum surpreendermo-nos com a perda repentina da planta, as folhas caem
sucessivamente e com muita rapidez, a ponto de apenas restar o caule
completamente despido, o que determinará um período em que o exemplar se encontra
muito vulnerável.
Repare
no exemplar da direita, uma Cordyline
fruticosa cv. Certamente adquirida bastante jovem e que foi crescendo a
ponto de o seu proprietário decidir colocá-la no exterior. São raros os casos
em que este cultivar se adapta a essas condições. Este indivíduo superou o
rigor das baixas temperaturas, possivelmente por se encontrar numa zona da
cidade bastante protegida. Fotografei-o na Rua do Poço dos Negros, entre São
Bento e o Chiado, em Fevereiro de 2011. Trata-se de um exemplar muito saudável
e que contraria a reacção ao frio, em que não perdeu as folhas mais adultas.
Fotos do autor de 2010.
(Foto não do autor)
Fotos da colecção do autor em 2007.
Em baixo, uma série de fotos de C. fruticosa 'Kiwi' plantadas em Fevereiro de 2013 em pleno Inverno, na cidade de Lisboa.
Os mesmos exemplares, passado um mês com dias de intenso frio, situação em que deixou as plantas afectadas, porém capazes de sobreviver e regenerar na estação seguinte.
Esta
foto do autor de 2010, registada em Abril na zona da Alameda, mostra um outro
exemplar de Cordyline fruticosa cv. Com
maiores dificuldades em enfrentar o frio. As suas folhas estão aparentemente
menos saudáveis e o tronco mais despido, sintomático de uma menor tolerância às
baixas temperaturas.
Fotos do autor de 2010.
No
início da Primavera, todos os cultivares irão demonstrar as reais agressões que
a planta sofreu na estação fria. Perderão folhas, ameaçando a sua
sobrevivência, tornar-se-ão muito débeis ao toque e à acção do vento. As regas
demasiado fortes podem provocar mais estragos na folhagem, há que precaver esse
cuidado. A aparência da planta só será maximizada no final do Verão quando
algumas das folhas mais recentes surgidas naquela estação tiverem substituído
aquelas sobreviventes do Inverno anterior. Uma vez que o crescimento desta
espécie é particularmente moroso no nosso clima, apenas durante o Outono,
poderemos apreciar o belíssimo conjunto sem aparentar os estragos causados pelo
frio da estação que em breve irá ter que ultrapassar.
Veja
esta foto do autor de 2006, de um exemplar registado no Funchal, em que
apresenta as folhas em perfeito estado de desenvolvimento durante todo o ano.
Em baixo, note a mesma situação sem as marcas dos efeitos visíveis do frio,
somente no final do Verão. Foto do autor de 2005, de um exemplar cultivado em
Lisboa na colecção particular do autor. As folhas com uma aparência bastante
saudável surgem em meados e no final do Verão.
A
fragilidade que a planta apresenta após a estação fria, acrescido o risco de se
mostrar incapaz de sobreviver, poderá admirar ao revelar uma contrastante
resistência em desenvolver novos rebentos a partir do caule, aparentemente
desprovido de qualquer probabilidade em recuperar. Não deverá, portanto,
desistir dos indivíduos que pareçam condenados, pois saber esperar, nestes
casos, pode reservar uma boa surpresa. Por outro lado o frio, provoca a
floração e lentamente as espigas surgirão dando lugar a flores pouco
interessantes, a partir de Fevereiro. Devem ser mantidas, para permitir à
planta concluir o seu ciclo vegetativo e ramificar-se naturalmente. Em
viveiros, este processo é forçado, baixando a temperatura ambiente entre os 12
e os 14º c. (www.infoagro.com/flores/plantas_ornamentales/cordiline).
Em circunstância
alguma se deve podar qualquer cultivar, comprometendo a robustez da planta. O
seu crescimento é extraordinariamente lento e nem a poda estimula este
processo. O exemplar responderá a este acto, mas não terá tempo suficiente para
que as ramificações se desenvolvam a ponto se tornarem lenhosas e mais fortes. Um
esporádico frio intenso poderá queimar as jovens pontas acabando por eliminar
inteiramente toda a estrutura. O tempo é, por natureza, a melhor técnica para
fortalecer cada indivíduo, deixando-o crescer livremente, respeitando o seu estado
de desenvolvimento. A incidência de êxito é, de facto, muito baixa, mas uma vez
atingida, certamente compensará o esforço, a atenção dedicada e o carinho
atribuído à planta. Quem detiver um belo exemplar de um cultivar de C.
fruticosa, tem razões para tomar conhecimento da raridade que possui pela
dificuldade de cultivo e aclimatação em toda a Europa ainda que apenas na região
meridional e em particular em Portugal.
Este
é um dos grandes objectivos deste artigo, ou seja, dar a conhecer a flexibilidade
climática do nosso país e apresentar aos portugueses as espécies que possuem e,
por ventura, desconhecem para além do seu valor botânico associado.
Todos
os cultivares devem ser replantados no exterior em meados de Abril, para aproveitar
o aumento gradual da temperatura na atmosfera. Plantas bem estabelecidas e de
bom porte seriam ideais para esta acção em local permanente, no entanto não
estão disponíveis no mercado. Apenas são vendidos cultivares de porte pequeno a
médio, vindos de estufas, o que vem aumentar o número de insucessos aquando da
sua aplicação no jardim exterior. Por conseguinte, não deve o leitor pensar em
desistir pois a persistência pode vir a dar-lhe muita satisfação. Um canteiro
cultivado com cultivares coloridos empresta maior tropicalidade e exotismo a um espaço ajardinado que qualquer
palmeira. O efeito é avassalador.
A
dificuldade de cultivo de qualquer cultivar é efectivamente compensadora, até
porque com esta escolha o leitor está a trabalhar com uma espécie que se situa
no limiar das suas exigências. A exigência, a planta encontrará no clima
português ou o que se lhe consegue emprestar se plantada no exterior.
Este
é um registo sobre o processo delicado de aclimatação, comprovado com o sucesso
na sobrevivência da planta e de que certas zonas climáticas de Portugal são
absolutamente extraordinárias. Entre elas encontra-se a cidade de Lisboa, a
linha da costa do Estoril, o litoral e o barrocal algarvio a pouca altitude.
Qualquer cultivar deve receber uma exposição solar
média, com bons períodos de sol directo por dia, condição muito importante
durante o Inverno. O solo húmido terá obrigatoriamente de ter uma excelente
drenagem, com o risco de apodrecer as raízes e rapidamente perder-se o
exemplar. São muito susceptíveis de serem atacadas por cochinilhas e pulgões, eliminados
eficazmente com um insecticida sistémico. As lesmas são uma verdadeira ameaça
para a sobrevivência de todas as formas desta espécie, e em particular pela sua
extrema fragilidade. Poderão ser combatidas recorrendo a um recipiente baixo
onde se coloca alguns decilitros de cerveja pura, renovada de dois em dois
dias. O odor forte da bebida atrai esses invertebrados, eliminando-os por
afogamento.
Será referido um elenco de cultivares oferecidos
no mercado nacional agrupados de acordo com o grau de dificuldade na
aclimatação. Com mais de 5 centenas de cultivares apresentados no mercado, decidi não referir este incontável número de variedade de cores, formas e dimensões, exactamente pela sua extensão mas também, pelo facto de, na sua quase totalidade, se encontrarem indisponíveis no mercado nacional. Ora, não fará sentido elencar tanta descrição acompanhada de imagens, senão agrupar os cultivares de acordo com as condições ecológicas que exigem para sobreviver no exterior.
Irei fazer referência somente àqueles cultivares que circulam nos viveiros de plantas por todo o país, e a partir destes, na eventualidade de surgirem novas introduções, a avaliação e caracterização do novo cultivar, poderá ser orientado tendo como base as variedades aqui descritas.
Irei fazer referência somente àqueles cultivares que circulam nos viveiros de plantas por todo o país, e a partir destes, na eventualidade de surgirem novas introduções, a avaliação e caracterização do novo cultivar, poderá ser orientado tendo como base as variedades aqui descritas.
Grupo l: dificuldade elevada.
Cordyline fruticosa “Fireband”,
(FOTO; Ellison,
Don; An Illustrated Reference to Garden Plants of the World, (1ª edição
1995), New Holland Publishers ltd, 2ª edição,
Reino Unido, 2002, pp. 180) por vezes designada por Cordyline
fruticosa “Rubra” (FOTO; Lord, Tony; Flora, The Gardener’s
Bible, Cassell, Londres, 2003, pp. 412). A multiplicação de táxones origina
uma profunda confusão entre espécies bem distintas mas que partilham
nomenclatura idêntica. Este é um desses casos, convivendo com o exemplo da C.
rubra e a C. australis “Rubra”, lançando o leitor numa difícil
tarefa de entender qual das espécies se está a tratar.
É um interessantíssimo cultivar de folhas rosa intenso enquanto jovens, escurecendo à medida que vão amadurecendo até mostrarem o esplendor de uma cor rosa púrpura. Pela coloração homogénea das folhas tem a vantagem de contrastar com o enquadramento, sobressaindo em qualquer situação. Manter uma bonita e duradoura folhagem é tarefa muito difícil mas indiscutivelmente compensadora. É o cultivar mais comum no mercado nacional. Cultivo há muitos anos esta forma e tem-se mostrado capaz de ultrapassar os rigores do Inverno, apesar do seu crescimento ser extremamente lento. Parece ter poucas probabilidades de chegar a um porte considerável, ficando-se pelo 1 a 1,5 m de altura. O processo mais difícil neste, como em qualquer outro cultivar, é o de conseguir um bom desenvolvimento do exemplar, para que os rizomas se desenvolvam a ponto de estabilizarem a planta, dotando-a de reservas nutricionais para sobreviver aos rigores e efeitos do nosso Inverno. Assim sendo, a planta estará capaz de tolerar períodos de frio, recuperando mais rapidamente e prontamente, logo que a temperatura tenda a subir. Posso inclusivamente salientar que este é o segredo para a aclimatização de qualquer Cordyline fruticosa em território português.
Lindíssimos exemplares existem na Estufa Fria de Lisboa, ali designados meramente por C. fruticosa, com cerca de 1,5 m de altura e folhagem muito bem cuidada. São motivo de uma visita propositada. (FOTO; CAIXINHAS, Maria Lizete, A Flora da Estufa Fria de Lisboa, Verbo, 1994, pp. 91) vários outros cultivares formam o grupo das C. fruticosa de coloração totalmente vermelha, como é o caso de;
(Foto não do autor)
Foto do autor de Cordyline fruticosa “Fireband” em 2008
É um interessantíssimo cultivar de folhas rosa intenso enquanto jovens, escurecendo à medida que vão amadurecendo até mostrarem o esplendor de uma cor rosa púrpura. Pela coloração homogénea das folhas tem a vantagem de contrastar com o enquadramento, sobressaindo em qualquer situação. Manter uma bonita e duradoura folhagem é tarefa muito difícil mas indiscutivelmente compensadora. É o cultivar mais comum no mercado nacional. Cultivo há muitos anos esta forma e tem-se mostrado capaz de ultrapassar os rigores do Inverno, apesar do seu crescimento ser extremamente lento. Parece ter poucas probabilidades de chegar a um porte considerável, ficando-se pelo 1 a 1,5 m de altura. O processo mais difícil neste, como em qualquer outro cultivar, é o de conseguir um bom desenvolvimento do exemplar, para que os rizomas se desenvolvam a ponto de estabilizarem a planta, dotando-a de reservas nutricionais para sobreviver aos rigores e efeitos do nosso Inverno. Assim sendo, a planta estará capaz de tolerar períodos de frio, recuperando mais rapidamente e prontamente, logo que a temperatura tenda a subir. Posso inclusivamente salientar que este é o segredo para a aclimatização de qualquer Cordyline fruticosa em território português.
Lindíssimos exemplares existem na Estufa Fria de Lisboa, ali designados meramente por C. fruticosa, com cerca de 1,5 m de altura e folhagem muito bem cuidada. São motivo de uma visita propositada. (FOTO; CAIXINHAS, Maria Lizete, A Flora da Estufa Fria de Lisboa, Verbo, 1994, pp. 91) vários outros cultivares formam o grupo das C. fruticosa de coloração totalmente vermelha, como é o caso de;
Cordyline
fruticosa
‘Amarula’,
Cordyline fruticosa 'Amarula'. Foto do autor de 2008 em cima e em baixo.
Foto do autor de 2008 Cordyline fruticosa ‘Amarula’
pertencente à colecção do autor.
Um
dos mais extraordinários cultivares que poderemos adquirir em Portugal, não
obstante alguma dificuldade em encontrá-la disponível. Por vezes em venda em
alguns jardins botânicos portugueses, esta variedade demonstra grande robustez
e uma excelente resposta na adaptação ao exterior em algumas zonas mais amenas
do litoral meridional de Portugal, como a costa de Lisboa e do Algarve.
Nestas
regiões, os exemplares facilmente alcançam dimensões bastante generosas
prestando-se para exercícios de paisagismo tropical, com grande beleza e
originalidade.
Na
minha opinião, este cultivar é sem dúvida, o mais indicado e fácil de ser
cultivado no nosso país.
Foto do autor de 2007 Cordyline fruticosa ‘Amarula’
pertencente à colecção do autor.
Este indivíduo confirmou,
através dos sucessivos Invernos que atravessou, uma excelente tolerância ao
frio. Em 2011 e 2013, o mesmo exemplar encontrava-se em perfeitas condições ecológicas
como se pode verificar nas fotos do autor em baixo.
Os mesmos exemplares em 2013
Cordyline
fruticosa
‘Purple Prince’, um cultivar muito popular nos viveiros portugueses, encontra-se com facilidade,
sobretudo, nas grandes superfícies comerciais.
Cordyline fruticosa ‘Red Sister’,
Em cima, Cordyline fruticosa ‘Red Sister’ (foto
não do autor)
Fotos
do autor. Em cima, C. fruticosa ‘Red
Sister’ e em baixo em segundo plano.
C. fruticosa ‘Cradinal Stripe’, em baixo em primeiro plano.
Cordyline
fruticosa “Cardinal
Stripe”, (FOTO; Ellison, Don; An Illustrated Reference to
Garden Plants of the World, (1ª edição 1995), New Holland Publishers ltd,
2ª edição, Reino Unido, 2002, pp. 180)
muito frequente no mercado, distingue-se das anteriores pelas suas folhas
pinceladas de cor verde. Com a idade as folhas, inicialmente rosadas e verdes escurecem, ficando
somente com uma margem rosa na extremidade.
As
indicações de um cultivar designado por Cordyline fruticosa “Rosea”, por
vezes surge como sendo válido, embora não tenha obtido mais informação que me
permita desenvolver esta forma. No mesmo sentido, o cultivar Cordyline
fruticosa “Rose Queen” (FOTO; Ellison, Don; An Illustrated Reference to Garden
Plants of the World, (1ª edição 1995), New Holland Publishers ltd, 2ª
edição, Reino Unido, 2002, pp. 180) são muito idênticas entre si e
assemelham-se à anterior descrita, a C. fruticosa “Cardinal Stripe”.
Distingui-las é verdadeiramente árduo. Em dúvida ficará a validade destes dois
cultivares, não sendo despropositado que se trate de sinónimos de outras formas
por identificar.
Cordyline
fruticosa
“Kiwi”,
(Foto não do autor)
Com folhas
listadas de diferentes tons de verde que oscilam entre o verde-claro, limão,
verde amarelado e escuro, delineadas nas margens com rosa. Muito popular em
Portugal, tem um comportamento satisfatório no nosso clima. Pessoalmente
entendo que o esforço no sentido de aclimatar este cultivar não proporciona o
mesmo impacto visual
que as anteriores, particularmente pela maior vulgaridade na coloração das suas
folhas. Fotos da colecção do autor em 2007.
Os mesmos exemplares, passado um mês com dias de intenso frio, situação em que deixou as plantas afectadas, porém capazes de sobreviver e regenerar na estação seguinte.
Grupo ll: dificuldade muito elevada.
Em continuação, são inúmeros os cultivares desta série de coloração multicolor e padrão variado, indiferentes na sua descrição, mas interessantes na sua apreciação fotográfica ou visual. Para identificá-los num viveiro, siga-se a forma da folha lanceolada, em tudo igual aos cultivares do grupo l, com uma paleta de cor onde o branco, amarelo ou creme está sempre presente. A coloração destes cultivares nunca são regulares, podendo evidenciar alterações profundas em cada estação quente, variando os matizes desde os brancos até à total ausência desse tom no ano seguinte. Jamais a compra de um cultivar de acordo com a cor das suas folhas será garantida durante a vida desse exemplar.
Nem sequer a intensidade solar influenciará na obtenção de rasgos de cor esbranquiçada ou creme, concorrendo este facto para a expectativa e a surpresa.
Grupo lll: dificuldade extrema.
Agrupam-se
nesta secção três tipos de formas, todas dentro do mesmo grau de dificuldade. Os
cultivares que apresentem folhas lanceoladas, mais arredondadas e dobradas na
ponta, geralmente para baixo mas também ocorrem as extremidades estarem
dobradas para dentro. Muito raras no mercado, não existem registos do seu
comportamento e reacção ao clima do nosso país. Valem principalmente pelo
desafio nos resultados obtidos através da experiência do seu cultivo no
exterior, os quais mais tarde poderão completar este capítulo.
Seguem-se
os cultivares de folha estreita, absolutamente extraordinários na composição de
efeitos que dos maciços se poderá obter. Desconhecidos no mercado de viveiros
portugueses, não estão considerados por essa razão;
Para
finalizar, as formas anãs, vulgares no meio comercial
de horticultura nacional, mas que apresentam muita dificuldade em se adaptar às
condições exteriores. Refiro-me à;
Cordyline
fruticosa “Baby Ti”, sin. 'Edge’, sin. ‘Piccolo Red’, (FOTO; Ellison, Don; An Illustrated Reference to Garden Plants of the World,
(1ª edição 1995), New Holland Publishers ltd, 2ª edição, Reino Unido, 2002, pp. 180).
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